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A Indigo Ag, startup americana que aplica microbiologia à agricultura, acaba de obter o primeiro registro no Brasil para um de seus produtos baseados em microrganismos. “Estamos em fase final de importação para a venda”, diz o CEO para a América Latina, Dario Maffei .
O uso dos microrganismos corretos torna as lavouras mais produtivas e resistentes a problemas climáticos como a falta de água. Os pesquisadores da Indigo identificam no campo espécies que crescem mais saudáveis do que outras e procuram os microrganismos naturais associados a essas plantas. “Essas ‘campeãs’ são selecionadas, para que possamos avaliar os organismos microscópicos que lhes permitem ser mais resistentes a pragas, secas e variações de temperatura”, explica Maffei.
Depois disso, os microrganismos são testados para compatibilidade com defensivos, fertilizantes e métodos de plantio. A combinação é feita com recursos de inteligência artificial e big data. O banco de dados da empresa tem mais de 70 mil cepas.
A companhia também atua em crédito agrícola. Nesse segmento, a Indigo oferece operações via “barter”, como são conhecidas as trocas de grãos por insumos agrícolas, sem intermediação financeira. “Nosso objetivo é aumentar em 250% o resultado de 2020 em número de clientes e crédito concedido”, diz. A Indigo Ag não divulga a quantidade de contratos realizados.
O sistema de crédito, lançado no Brasil em 2019 e na Argentina no ano passado, permite acessar outro serviço da empresa, o Semente Pronta. O tratamento biológico de sementes tem o intuito de potencializar a rentabilidade da lavoura. Está disponível para as culturas de soja, milho e algodão.
Fundada em Boston, nos Estados Unidos, em 2016, a Indigo Ag superou em 2020 o valor de US$ 3,5 bilhões. A companhia atua na América Latina desde 2017. A Argentina foi a primeira operação fora dos EUA. No Brasil, começou em 2018, com três funcionários – hoje são mais de 50. A participação da região no faturamento global é de 40%, segundo Maffei.
A companhia mantém parcerias em pesquisas com a Universidade de São Paulo (USP) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), além de laboratórios privados como o gaúcho Agronômica, especializado em diagnóstico fitossanitário.
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